Escrito por Profº José Eduardo Morelli
Os alunos das turmas 7º ano A (6ª série A) e 7º ano B (6ª série B) realizaram na semana de 22 a 26 de abril belíssimos trabalhos envolvendo a produção de maquetes cujo tema era o de "Feudos Medievais".
Esta atividade foi desenvolvida dentro do contexto de Idade Média. Os alunos, ao longo das últimas quatro semanas, foram orientados a compreender o fenômeno do "Feudalismo" como uma característica marcante em toda a História do Ocidente Medieval. Vimos, através da análise de fontes literárias, pictográficas (ilustrações) e exercícios de fixação o papel desempenhado pelos Feudos na formação do "Mundo Medieval" - constituindo verdadeiros símbolos materiais daquele período.
Afinal, o que é "Feudo" e "Feudalismo"?
Após a Queda do Império Carolíngio no século X (10), a Europa Ocidental viu-se mergulhada num período de descentralização e fragmentação do poder político, ou seja, a era dos "grandes Impérios" (representado principalmente pelo Império Romano ou mais tarde pelo Império Carolíngio) chegava ao fim dando lugar a um continente sem Impérios, sem referências políticas continentais. A partir daí, nenhum outro Reino bárbaro foi capaz de desenvolver-se num Império nos moldes conhecidos - fato este que levaria a sociedade europeia a vivenciar um período que conhecemos hoje como o "Período Feudal" ou "Feudalismo", marcado por uma rede de Feudos independentes e espalhados por toda a região continental. Cada Feudo, uma realidade diferente.
Numa análise ampla, o Feudo é a terra outorgada (dada, concedida) por um "Suserano" ao "Vassalo". A situação de "Suserano" era representada, em geral, pelos Nobres que eram os DONOS das terras e a situação de "Vassalo" desempenhada por qualquer indivíduo que jurasse fidelidade e trabalho ao seu senhor em troca de moradia e proteção. É preciso observar que estes conceitos de "Suserania" e "Vassalagem" são entendidos aqui como COMPORTAMENTOS de sobrevivência da sociedade Medieval num período SEM unidade política e as duas "palavras-chave" desse comportamento medieval são a de "Fidelidade" e "Compromisso". Perceba que havia, portanto um compromisso com a sobrevivência e a ordem social. Lembrando que os lugares fora dos Feudos eram de medo e desconfiança.
Sobre as origens linguísticas da palavra "Feudo", observamos suas origens nos idiomas bárbaros-germânicos sendo que os termos "vieh" (gado/posse) ou "fehu" (propriedade) são apontadas pelos linguístas como as origens plausíveis para a palavra "Feudo".
Características típicas de um Feudo Medieval.
Os feudos eram constituídos de:
Manso Senhorial: o espaço das terras ocupado pelos Castelos dos senhores feudais, era a melhor "fatia" da terra, destinada à moradia de seus donos.
Manso Servil: o espaço das terras onde residiam os camponeses e onde realizavam a produção agrícola.
Terras Comunais: o espaço das terras onde eram realizadas as colheitas, pastagens e etc.
A vida dos camponeses não era nada fácil. Embora o trabalho escravo tivesse desaparecido da História européia neste período, o trabalho servil dos camponeses chega a ser comparado ao do trabalho compulsório (escravo). Vimos em sala que aos camponeses cabia obedecer uma série de imposições tais como os impostos, dentre eles destacamos:
Corveia: a obrigação de trabalhar para o senhor feudal sem haver remuneração imediata para tal atividade.
Banalidade: Imposto sobre o uso de moinhos, fornos, prensas e etc.
Talha: A entrega obrigatória de metade da produção agrícola ao senhor feudal.
Mão-morta: Imposto pago pela família do servo para permanecer na terra após a sua morte.
A Igreja Católica completava a dinâmica do sistema, exercendo imenso poder de influência sobre a sociedade como um todo. A Igreja Católica avançou no período como uma das instituições mais poderosas do ponto de vista religioso e até político.
MAQUETES - 7º ANO A E B
EXCELENTES MAQUETES - PARABÉNS !!!
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